(Facebook não vai censurar todos os vídeos ao vivo de violência)
Após uma americana transmitir em tempo real no Facebook seu namorado ser morto por um policial nos Estados Unidos, a rede social divulgou uma nota para esclarecer como lida com as políticas de exibição de vídeos ao vivo. De acordo com a empresa, os usuários não serão censurados na hora de fazer streaming de conteúdos violentos, mas sob algumas circunstâncias. Em comunicado oficial publicado na última sexta-feira (8), a companhia de Mark Zuckerberg disse que entende que liberar uma ferramenta de transmissão ao vivo é um desafio único, e que as regras para esse tipo de ferramenta são as mesmas presentes no chamado "Padrões de Comunidade" - conjunto de diretrizes daquilo que pode ser compartilhado no site e o que pode ser denunciado e removido. Esse tópicos são semelhantes às regras adotadas por outros serviços, como o Reddit e o Periscope. Segundo essa seção, o Facebook, após receber uma denúncia, pode remover o conteúdo, desabilitar contas e reportar autoridades locais se acreditar "que há um risco real de danos físicos ou ameaça direta à segurança pública". A empresa ainda destaca que os internautas são livres para postar suas opiniões, mas que, "para equilibrar as necessidades, a segurança e os interesses de uma comunidade diversificada, temos que remover determinados tipos de conteúdos controversos ou limitar o publico que os visualiza". Com base nesses e outros termos, a rede social afirmou que não vai limitar os vídeos do Facebook Live, desde que eles estejam encaixados nesse segmento. Além disso, a companhia alerta que acrescenta avisos a vídeos muito explícitos depois que eles foram gravados - como no caso da transmissão de Reynolds - e pode restringi-los a adultos. "Em determinadas situações, contexto e bom senso são tudo. Por exemplo, se uma pessoa testemunhar um tiroteio e usar o Facebook Live para ampliar a conscientização ou encontrar o atirador, nós permitiremos. No entanto, se alguém compartilhou o mesmo vídeo para zombar da vítima ou celebrar o tiroteo, nós vamos remover aquele conteúdo", destacou a entidade. "Nós temos uma equipe pronta 24 horas por dia, sete dias por semana, dedicada a responder denúncias imediatamente. (...) O vídeo ao vivo no Facebook é um formato novo e em crescimento. Aprendemos muito nos últimos meses, e vamos continuar a realizar melhorias para a experiência da maneira que pudermos", completou. O caso fez que o Facebook se manifestar Na última quarta-feira (6), Diamond Reynolds utilizou o recurso de vídeos ao vivo da rede social para filmar o assassinato de seu namorado, Philando Castela, de 32 anos. Ele foi baleado por um policial em Minnesota, nos Estados Unidos. O vídeo, que teve mais de 1,7 milhão de visualizações, foi removido da plataforma no dia seguinte (7) - segundo o Facebook, devido a "problemas técnicos". Castela, que é negro, trabalhava como funcionário de um refeitório escolar e teve seu veículo parado durante uma blitz na cidade de Falcon Heights. Segundo o depoimento de Reynolds no vídeo, seu namorado foi baleado quatro vezes pelo policial. Na mesma semana, em Dallas, no Texas, um atirador matou cinco policiais e feriu outros onze durante um protesto contra a morte de negros americanos.
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